UM CANTINHO PARA TODOS OS VERDADEIROS AMIGOS

( A propósito do "Soneto Datílico", da autoria de Albertino Galvão) Cantos não te of`reço que os trago ocupados; Por todos os lados está já transbordando Esse órgão sem mando que mos traz guardados, Mesmo empoeirados, velhos, caducando, Mas vai-me sobrando lugar noutro lado; Num tempo passado que fui resgatando Pensando num quando jamais exp`rimentado, Um espaço asseado, limpinho, brilhando. Será um cantinho, mas sobra-lhe espaço, Abriga um abraço, abriga um carinho, Serve-te de ninho, mata-te o cansaço... Of`reço e se o faço, não ficas sozinho; Há estantes de pinho, de papéis, um maço, E o resto - tão escasso... - são lençóis de linho. Maria João Brito de Sousa – 24.01.2018 – 12.24h Nota - Soneto em verso hendecassilábico com rima intercalada