VÔOS DE PARDAL




^



VÔOS DE PARDAL 




Tenta gerir o tempo do poeta 

Que nunca sabe quando um verso chega 

E tantas vezes no tempo delega 

Versos que o dia a dia lhe prometa. 




Tenta mudar a rota do cometa, 

Ou tenta dar uma pequena achega 

Ao imenso universo que ta nega, 

Pois desconhece a sua própria meta! 




Tenta deter o amor, quando paixão, 

Tenta (re)programar a vocação 

Impondo-lhe fronteiras, rumos, cais... 




Tenta-o tu, porque eu bem sei que o não 

Conseguirás. Terás tentado em vão 

Deter o vôo livre dos pardais! 










Maria João Brito de Sousa – 02.05.2018 – 15.15h


Comentários

  1. Fez-me lembrar a minha terra, algures no Ribatejo. Lá, existem tantos moimentos visuais como mostra a foto. O poema é maravilhoso.

    * Antes de amar-te ... dormi sob as trevas do relento *
    .
    Deixando um abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Iria jurar que já lhe tinha respondido, Gil...

      Obrigada e um abraço!

      Eliminar
  2. Ninguém detem o poeta quando a inspiração vem
    e os pardais também não pois o seu voo é livre
    como a inspiraçao do poeta.

    beijinhos

    :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É verdade, Piedade... e também quero acreditar que não será tão cedo que a humanidade se extinguirá, ou perderá por completo as suas características e a sua liberdade de sonhar construir um mundo mais justo.

      Beijinhos

      Eliminar
  3. Respostas
    1. Bom dia, Larissa.

      Desde sempre abracei a poesia modernista e pós-modernista, mas... aqui, neste blog, sou apenas sonetista. É uma paixão que encaro muito seriamente e que há mais de onze anos me dedico de corpo e alma.

      Obrigada pela sua visita, votos de um bom fim-de-semana e um beijinho.

      Eliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

CAVALOS DE TRÓIA