DO SONETO





DO SONETO 





A Rima empunha enxadas e resiste! 

Premindo teclas sem hesitação 

Percorre o Tempo de palavra em riste; 

Que ninguém tente impor-lhe a rendição! 





Pode trazer consigo um verso triste 

Para juntá-lo ao viço da canção 

Que canta quem não cala, nem desiste 

De fazer de um soneto uma missão, 





Ou pode estar escondida, ensimesmada, 

Em gestação latente e bem calada 

Até que, de repente, brota e jorra 





Como se fosse, a espera, premiada 

E, quando já madura e fermentada, 

Desse vida ao Soneto, antes que morra. 









Maria João Brito de Sousa – 09.05.2018 – 11.20h


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